Câmara de Fafe reduz a dívida em 2.200.000 de Euros e equilibra finanças

Em contra-ciclo com o que se passa na maioria dos municípios e no País, a Câmara de Fafe acaba de diminuir à dívida de médio e longo prazo em cerca de 25%. Ontem mesmo (dia 24) a Câmara amortizou a sua dívida de médio e longo prazo no valor de 2.200.000 Euros.

Com a amortização que ontem se fez a autarquia libertou cerca de 65% da sua capacidade de endividamento, ou seja só tem comprometido 35%.

Isto mesmo foi anunciado pelo Presidente da Câmara, José Ribeiro, que hoje, dia 25, em conferência de Imprensa divulgou aos jornalistas o panorama económico da Câmara e as grandes opções do Plano e Orçamento para 2011.

Segundo José Ribeiro “apesar de tudo, a nossa gestão não sem sido de corte puro e duro nas despesas na Câmara, mas antes uma gestão equilibrada e responsável. No que se refere à dívida de curto prazo no ano de 2010 e até ontem, conseguimos recuperar cerca de 25%. No endividamento global, vamos chegar ao final de 2010, com uma redução na ordem dos 30%” – afirmou.

O Presidente da Câmara diz que “no próximo ano iremos, ainda, amortizar quatro empréstimos de médio e longo prazo. Queria também dizer que vamos entrar neste mês de Dezembro cumprindo a Lei e iremos começar a pagar a 30 dias ou em casos excepcionais até 60 dias. A Câmara de Fafe tem a tradição de cumprir os seus compromissos atempadamente e agora mais do que nunca está numa situação favorável em relação aos fornecedores o que representa também um ganho, estamos em melhores condições de negociar, pois sabem que recebem a tempo e horas. Nos últimos concursos que lançamos já tivemos ganhos na ordem dos 30%. Estamos a falar em três concursos que significam um ganho de um milhão de euros. Os fornecedores confiam na nossa gestão e a vantagem está nos preços” – afirmou.

De igual modo “está previsto para 2011 um reforço nos apoios sociais, o maior investimento de sempre e continuar com o apoio às colectividades. Temos um programa de apoio a arrelvamento sintético de alguns campos de futebol e prevemos reduzir a dívida e não contrair qualquer empréstimo.

Em contra-ciclo, em tudo o que acontece em todo o País, a Câmara de Fafe prevê para 2011 um forte investimento, sobretudo através das acções do QREN. Este quadro comunitário é o melhor para a Câmara de Fafe. Por isso é que estamos preparados para aceder ao QREN, sem qualquer constrangimento, porque temos uma situação financeira equilibrada e sem qualquer dificuldade.

Reduzimos a nosso dívida quer de curto quer de médio e longo prazo, mantemos para as freguesias as transferências, sem qualquer corte, apesar de nos últimos anos termos uma quebra nas transferências do Estado de 1.200.000 euros, para além da quebra na recita própria em alguns impostos locais, mas também, para o próximo ano na receita proveniente do licenciamento e aprovada na Assembleia Municipal.

No entanto vamos reforçar os apoios sociais, quer às pessoas quer às instituições.

Fizemos um exercício da redução da despesa corrente, que é uma tendência dos últimos anos e vamos ensaiar par o próximo ano uma espécie de orçamento Zero para tentar ir à a despesa corrente tentar comprimi-la ainda mais. É dentro deste conjunto de princípios que nós esperamos que o Plano e Orçamento não frustrem nenhumas expectativas.

Fizemos um trajecto da recuperação da dívida tendo em vista o cumprimento do plano plurianual, mas também e sobretudo um grande projecto que irá ser discutido na próxima Assembleia que é a parceria Público/privada.

No próximo ano estaremos em condições de avançar com a parceria cuja primeira obra a avançar será a requalificação da Feira e do mercado Municipal.

Mas outras obras temos em agenda nesta parceria que é a construção da nova piscina e zona de lagos no Parque da Cidade, a construção de um parque de estacionamento subterrâneo na Feira velha, a requalificação do Jardim em frente ao Tribunal e Igreja Nova com a construção de mais um Parque de estacionamento e o Novo Parque Municipal de Desportos”, avançou, adiantando que “em linhas gerais o Plano e Orçamento é de exigência e combate aos gastos excessivos, apesar das obras que iremos lançar”-disse.